Repensar, agir e mudar: as lições que temos que colocar em prática em 2021

Artigos | Fundação
27.01.21

Por Viviane Mansi, presidente da Fundação Toyota do Brasil

2020 nos colocou à prova de diversas maneiras e jogou nossa zona de conforto para o alto. Em geral, todo começo de ano, nós ponderamos sobre as conquistas que alcançamos e as realizações que desejamos para o próximo ciclo. No contexto da pandemia, aprofundar aprendizados e repensar prioridades se tornou ainda mais poderoso.

Se olharmos para trás, nós veremos que os desafios foram muitos, assim como as lições. No âmbito corporativo, empresas rapidamente mobilizaram seus funcionários para o trabalho remoto e adaptaram a forma de operar para manterem seus negócios rodando, sem saber ao certo por quanto tempo as incertezas durariam. Enquanto o mundo dos negócios mudava de rota, vimos os abismos sociais crescerem. Pequenos empreendedores sentiram na pele as dificuldades e muitos não resistiram, ao mesmo tempo pessoas em situação de vulnerabilidade tornaram-se ainda mais carentes. Em diferentes níveis, ninguém passou ileso. Grandes empresas também tomaram decisões duras, algumas delas fechando suas portas.

A proximidade de uma doença fatal e a mudança brusca na rotina e das relações humanas levaram nossa saúde mental ao limite. A ansiedade tomou conta de muitos de nós.  Segundo o Google, durante a pandemia, as buscas pelos termos “depressão” e “ansiedade” subiram 98%, em relação aos 10 anos anteriores.

É importante olhar para trás e reconhecer os fatos, mas é ainda mais importante olhar para frente e colocar os aprendizados para fazerem diferença num mundo ainda imprevisível.

Que a escuta ativa e empática que aprendemos faça diferença. Acolhemos as necessidades de filhos, companheiros, amigos, colegas de videochamada e da nossa comunidade como um todo. Nessa jornada, também tivemos que reconhecer nossas vulnerabilidades e contar com o suporte de quem estava por perto. Para contornar as dificuldades, criamos espaços de fala para ressonância para a voz daqueles que precisavam ser ouvidos.

Acredito que parte do legado de 2020 esteja justamente nessa habilidade de aprofundar e empatizar conosco, com quem está próximo e com aqueles que estão distantes, mas precisam de nossa atenção. 2021 também promete ser o ano em que vamos repensar nossos hábitos pessoais.

Não estou falando de promessa que todos nós já fizemos um dia de nos exercitarmos mais ou de fazer dieta. Refiro-me a hábitos que têm o poder de impactar o mundo, como a origem dos produtos que consumimos, consumo consciente, formas de trabalho, a qualidade dos nossos relacionamentos e como nos relacionamos com o meio ambiente. Falo também do compromisso das empresas. Talvez 2020 tenha sido o ano que lembramos que, por trás de um nome fantasia, existe algo que se chama “razão social”. Precisamos sim ser saudáveis e rentáveis – o que nem sempre é simples – mas também precisamos distribuir valor para além dos nossos acionistas.

Também espero que essa experiência coletiva deixe como lição a necessidade de focarmos em ações estruturantes. O que antes ainda era visto como “tendências de futuro”, virou pauta urgente. Repensar o acesso e a qualidade da educação para atender a todos, por exemplo, não pode mais ficar para amanhã. No campo da infraestrutura e do urbanismo, fomentar cidades inteligentes e sustentáveis virou condição para a existência do futuro em si. O recado deixado pela COVID-19 é de que estamos todos no mar, mas não no mesmo barco. E, enquanto não nos empenharmos para que todos tenham boas oportunidades, permaneceremos frágeis.

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